Recentemente recebi num grupo de WhatsApp uma nota interessante, supostamente assinada por um médico de Cincinnati, Ohio (Christopher D. Riemann). Mesmo não tendo como confirmar a veracidade do post, achei as idéias colocadas no artigo interessante, e resolvi criar a minha versão modificada das idéias que li.
Com o que tenho visto no momento na gestão dessa crise, e levando em conta os conhecimentos médicos que tive ao longo de minha vida nessa profissão, resolvi escrever um pouco do que acho interessante considerarmos para melhor passar por essa epidemia que assola o mundo. Devemos lembrar que esse problema já passou da fase de ser somente um caso de saúde pública, pois com a economia mundial praticamente parada, as perdas financeiras que as pessoas vão sofrer irão muito além dos problemas de saúde no curto prazo. E muito gente não está valorizando esse lado, que pode ser tão ou mais danoso do que o virus em si. A tempo: não quero aqui dizer que o problema da epidemia não é importante, muito pelo contrário, mas gostaria de deixar claro também que, no meu modo de ver o problema, estão exagerando nas regras impostas para restrição de circulação social.
Pra mim a solução para a pandemia de COVID19 precisa ser simples, eficaz e algo que todos possam fazer de livre e espontânea vontade. Os políticos vão continuar na coordenação de algumas atividades, claro, pois muitas autorizações passam por eles, mas o povo precisa se mobilizar (e não somente para tirar foto e colocar no Instagram que está doando comida pro vizinho).
Para que isso aconteça, devemos lembrar dos seguintes aspectos relativos a crise que estamos presenciando:
Portanto, agora o mais prudente a fazer para conter a epidemia e ao mesmo tempo não acabar com a economia mundial seria fazer os testes para a presença do Covid19 e TAMBÉM para saber se as pessoas já tem a imunidade. Com isso, testando TODOS PARA SABER SE TEM O COVID19 E PARA IMUNIDADE PRESENTE dividiriamos a população nos seguintes grupos após o teste:
1º grupo = Covid19 presente / Imunologia ausente = Vão usar uma pulseira VERMELHA
Para o tratamento, parece que a combinação de hidroxicloroquina + azitromicina tem se mostrado uma boa arma para combater o virus - MAS NÃO É PRA SAIR COMPRANDO ISSO PARA ESTOCAR. Isso deve ser discutido com a equipe médica responsável pelo tratamento. Se eu pegar esse virus, podem ter certeza que vou solicitar que apliquem esse coquetel em mim. Aliás, na minha carreira como médico eu sempre optei por indicar aos meus pacientes o tratamente que eu gostaria de escolher para mim, se tivesse o mesmo problema. Agora não seria diferente.
Assim que os pacientes deste grupo se curam (a maioria dos casos) passam a usar uma pulseira verde e vão fazer parte do grupo 2 (descrito abaixo)
2º grupo = Covid19 presente / Imunologia presente = Vão usar uma pulseira VERDE
Esse grupo que teve contato com o virus e desenvolveu anticorpos, e está sem sintomas, É UM GRUPO MUITO IMPORTANTE PARA CONSIDERARMOS, e é justamente o que está sendo esquecido, trancado em casa. Essas pessoas tem que CIRCULAR LIVREMENTE NA SOCIEDADE, e muitas delas estão trancadas em casa.
Essas pessoas poderiam ser convidadas a doar o seu plasma para que outros possam ser tratados e terem essa imunidade passada a outros que precisam. Esses estudos ainda são recentes, mas acredita-se que essa forma de imunização cruzada existe e ajuda muitos pacientes graves. Isso deverá ser decidido, é claro, em conjunto com o médico particular de cada um.
Ressalto novamente: esse grupo de pulseiras verdes pode voltar a TER UMA VIDA NORMAL, e com isso a economia vai imediatamente voltar a funcionar. Esse grupo de pulseiras verdes vai sempre aumentar a medida que a imunização cruzada aumenta.
Ao primeiro sinal de que algum sintoma está surgindo nesse grupo eles devem ser testados novamente, pois ainda se tem dúvida se a imunização inicial é a única responsável pela cura. Estudando esse grupo, também, saberemos melhor desenvolver as vacinas para a prevenção da nova onda de Covid19 (que provavelmente virá)
3º grupo = Covid19 ausente / Imunologia ausente = Vão usar uma pulseira amarela
Essas pessoas não tiveram contato com o virus e estão sem a imunidade também. Esses vão ter que tomar uma decisão sobre o risco de exposição e risco de morbi-mortalidade para si e para seus membros da família e vão decidir se voltam ou não ao trabalho. Aqui teremos dois grupos:
Aqui é a hora das saúde pública atuar (informações, conselheiros, questionários, árvores de decisão) para ajudar o grupo de pulseiras amarelas a fazer a melhor escolha para eles.
Esse grupo de pulseira amarela deve ser testado semanalmente, para saber se pegaram o Covid19 e desenvolveram ou não a imunidade. Com isso saberemos também se essa imunidade é adequada para o longo prazo. O mesmo devemos fazer para os de pulseira verde.
As decisões em épocas como a que estamos vivendo não são fáceis, mas deixar uma infecção viral, por mais contagiosa que seja, acabar com a economia mundial, não é uma boa idéia. Outras infecções já aconteceram, e novas epidemias vão acontecer. Se o isolamento completo, como o que estamos vendo agora, se repetir quando temos um novo virus pelo caminho, podem ter certeza de uma coisa: a morte no longo prazo por conta das perdas econômicas será muito maior do que os casos de morte que temos hoje pelo Covid19.
Precisamos pensar muito nisso tudo, e não somente obedecer cegamente a ordens de pessoas que não tem responsabilidade direta pela nossa vida ou morte.
OBS – como já disse no início deste artigo algumas das idéias mostradas aqui eu retirei de um post que vi, assinado pelo médico americano Christopher Riemann, médico oftalmologista de Cincinnati, Ohio, que circulou recentemente nas mídias sociais. Resolvi escrever esse post com algumas modificações da proposta original dele sobre o uso de pulseiras para deixar mais claro para um público leigo como podemos ter uma outra idéia no combate a essa epidemia. Mesmo que essa mensagem não seja totalmente verdadeira e ligada ao médico, achei o conceito interessante para ser pensado adiante. Espero ter colaborado pelo menos com outros pontos de vista, nesse importante momento que estamos vivendo.